O projeto visa atender três demandas presentes na comunidade:
- Ajudar os agricultores da APRUMUS (Associação dos Produtores Rurais e Moradores do Mundo Novo do Saquarema) e cooperados da COLIPA (Cooperativa dos Produtores Agroecológicos da Região da Serra do Mar e do Litoral do Paraná) no armazenamento dos produtos minimamente processados, aumentando a velocidade de congelamento e empacotamento adequado. A atividade será realizada em agroindústria de associado da APRUMUS ou em agroindústria de cooperado da COLIPA.
- Ajudar produtores e moradores associados da APRUMUS e cooperados da COLIPA a produzirem alimentos para animais ou terra fértil para uso em canteiros e produção de mudas, utilizando para isso a compostagem comunitária. A compostagem será feita com a trituração de refugos oriundos do processamento mínimo de alimentos vegetais ou oriundos da limpeza de propriedades dos associados e cooperados.
- Melhorar a qualidade do ar evitando queimadas de restos vegetais oriundos da limpeza de propriedades dos associados e cooperados. Essa última demanda terá também um efeito positivo para a saúde de todos e para o meio ambiente, uma vez que, na área rural, ainda é costume queimar restos vegetais para “limpar” os terrenos.
A produção de polpas de frutas (como maracujá e acerola), assim como a produção de mandioca, são atividades realizadas pela maioria dos produtores rurais nas comunidades rurais da região. Após limpos e preparados, esses alimentos podem ser vendidos in natura ou minimamente processados, ou seja, congelados e embalados, o que aumenta o tempo de utilização pelo consumidor. Para o agricultor, isso pode significar um tempo maior para ofertar o produto, ou mesmo fazê-lo em épocas de escassez, o que pode garantir um preço melhor pela lei de oferta e procura.
Na comunidade do Mundo Novo, já possuímos capacidade de armazenamento (câmara fria a -20°C), porém, em épocas de safra, o fator limitante são os freezers. Existem produtos que demoram vários dias para serem congelados completamente. A aquisição de um ultracongelador eliminará esse gargalo. Ele deverá ser utilizado por pessoa treinada e apta ao trabalho, no local onde estiver instalado.
Os resíduos vegetais frescos, como cascas e galhos, uma vez triturados, podem ser usados tanto na alimentação dos animais quanto na formação de compostos, que são utilizados para adubação e preparo do solo antes do plantio. A APRUMUS já tem diversas iniciativas para a diminuição de resíduos na comunidade. Temos um posto de coleta de material reciclável, onde cada morador que entrega seu reciclado pode receber pelo material. Desde sua implantação, o projeto resultou em ruas mais limpas e um rio menos poluído.
Além da coleta de recicláveis, o local também recebe óleo de cozinha usado, que é transformado em sabão ecológico e trocado pelos moradores. Os vidros coletados serão utilizados em um projeto já aprovado pela Lei Rouanet, onde serão fundidos e transformados em obras de arte e utensílios domésticos, como fruteiras e pratos decorativos. Estamos em busca de recursos para iniciar o projeto, e o forno para fundição já está em local apropriado para receber os alunos das oficinas.
O último passo para nos tornarmos uma comunidade rural “lixo zero” é a implementação da compostagem comunitária. Nosso colaborador será capacitado e treinado para ser o responsável pelo uso do equipamento. O triturador poderá ser utilizado apenas por pessoas autorizadas e capacitadas. Em caso de necessidade, o colaborador poderá passar as orientações no local do uso, sendo que o usuário deverá compensar os custos de horas trabalhadas e deslocamento ao empregador.
